Durante a internação, segundo familiares, Norma estava lúcida, mas não conseguia reconhecer algumas pessoas. A atriz enfrentava problemas de saúde desde 2010, quando sofreu duas quedas dentro de casa. Por conta desses acidentes, ela teve um problema na coluna e não conseguia andar.
Celebrizada na tela grande a partir de um polêmico nu frontal, o primeiro do cinema brasileiro, em "Os cafajestes" (1962), Norma Aparecida Almeida Pinto Guimarães D´Áurea Bengell conseguiu ir muito além de sua beleza - e mais além ainda das experiências estéticas do Cinema Novo - aos longo de seus 50 anos dedicados ao audiovisual.
Mas Norma, nutrida por toda a sua experiência acumulada como intérprete, resolveu se arriscar pela direção no fim da década de 1980. Nascida em 21 de setembro de 1935, ela virou cineasta ao filmar os bastidores da Semana de Arte Moderna de 1922 em "Eternamente Pagu" (1987). Dez anos depois, arriscou-se pelo Romantismo indigenista de José de Alencar ao filmar "O guarani", com Marcio Garcia e Tatiana Issa, que lhe rendeu uma série de acusações de prestações de contas irregulares e mau uso de verbas públicas. Ela dirigiria ainda o documentário "Infinitamente Guiomar Novais" (2003), mas já sob a patrulha da classe cinematográfica, que acabou rejeitando a diva de outrora.
Norma era uma das raras atrizes brasileiras que chegaram a uma grande popularidade mesmo com escassas participações na televisão. Em 1981, a atriz fez a novela "Os adolescentes", de Ivani Ribeiro, na Bandeirantes. Logo em seguida, na mesma emissora, participou de um enorme sucesso: foi Nena em "Os imigrantes", de Benedito Ruy Barbosa. Em 1983, foi para a TV Globo fazer a minissérie "Partido alto", de Braulio Pedroso (1984).
Em 1989, a atriz voltaria aos folhetins em "O sexo dos anjos", trama também de Ivani. Mais recentemente, em 2006, a diva fez "Alta estação", uma novela juvenil da Rede Record. Entre 2008 e 2009, ela fez rir na série de humor "Toma lá, dá cá", da Globo, como Deise Coturno.
FONTE:
OGlobo
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