Goverdo do Estado do Piauí

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terça-feira, 15 de outubro de 2013

Prefeitos do Piauí desabafam e dizem que 100% atrasam folha

Prefeitos de todo o Piauí estão reunidos nesta terça-feira (15), na sede da Associação Piauiense de Municípios (APPM). Eles confirmam que praticamente 100% das cidades piauienses estão atrasando a folha devido à falta de recursos, encargos e queda do Fundo de Participação dos Municípios. Cerca de 50 gestores participam de uma reunião pedindo socorro e pretendem realizar um protesto contra a queda do repasse. 

O presidente da APPM, Arinaldo Leal, convocou a reunião para que os prefeitos debatam sobre as dificuldades enfrentadas em suas gestões. “Hoje, o prefeito tem que optar entre pagar o servidor ou pagar conta da Eletrobras ou INSS. Isso não é calote”, desabafou. Ele acrescenta que a situação dos municípios atualmente é caótica e preocupante. 


Os gestores disseram que estão tendo que complementar o Fundo de Participação e isso está desequilibrando as finanças. 


Paulo Aparecido de Carvalho, prefeito de Santo Inácio, deveria receber R$ 50 mil do Fundeb, mas está recebendo apenas R$ 30 mil. O restante tem de ser complementado. “É preciso mudar o sistema em que a moeda é o aluno. Em 2017-2018, como vai ser, se não vamos ter alunos?”, questiona.
Segundo o prefeito de Coronel José Dias, Manuel Oliveira, o Manim, um dos gargalos é que o Fundeb não cobre a folha de pagamento. “Hoje temos uma folha de R$ 205 mil, mas o Fundo só repassa de R$ 170 a 180 mil. O restante nó temos que cobrir”, reclama. 


O prefeito de Cocal, Rubens Vieira, ressaltou que, além do problema da queda de recursos – que afeta diretamente Educação e Saúde –, os municípios estão sofrendo com a estiagem. “São três anos de seca constante. As reservas de água já secaram”, pontua.
Já Reginaldo Júnior, prefeito de Palmeirais, afirma que a Eletrobras é seu pior problema. “Falta energia constantemente e isso compromete o funcionamento do hospital e até do posto de combustível”, diz. 


Uma das falas mais duras é a de Luiz Neto, prefeito de Amarante, que reclama da falta de recurso e da falta de atuação do Governo Federal. “Cem por cento dos municípios estão em dificuldades e alguns estão quebrados. Em Amarante, tivemos que baixar o salário do prefeito, do vice e dos secretários, mas ainda não resolvemos o problema. O Estado não larga o osso. A arrecadação vem caindo e a situação é delicada”, descreve. 

Neto diz ainda que o pagamento de servidores em sua cidade está atrasado. “O prefeito tem que colocar a cara na rua; vamos protestar. Todo mundo está atrasando salário. O governo Dilma Rousseff é um feijão duro e só vai na pressão”, acrescentou. 

Entre os parlamentares convidados, fez-se presente o deputado Julio César. Ele está sendo bastante elogiado pelos gestores por sua atuação em defesa dos municípios e recebeu até o apelido de “Oswald de Sousa dos Prefeitos”, em alusão ao famoso matemático brasileiro.

Flash de Yala Sena
Redação Carlos Lustosa Filho
redacao@cidadeverde.com

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