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quinta-feira, 12 de março de 2015

Quadrilha dá golpe de até R$30 mil em idoso com fraude de bilhete premiado

Quadrilha dá golpe de até R$30 mil em idoso com fraude de bilhete premiado

Uma quadrilha especializada em dar golpes do bilhete premiado está intensificando as ações em Teresina. O alerta é da delegada Daniela Barros, titular da Delegacia do Idoso. Segundo ela, a violência patrimonial representa 70% das denúncias recebidas na delegacia. A quadrilha oferece de 10 mil a 20 mil reais em bilhete premiado da loteria. 
De acordo com a delegada, os criminosos fazem um verdadeiro teatro. “O idoso vai passando pela rua e é abordado por uma pessoa que se diz analfabeta. De posse do bilhete, ela pergunta  onde fica determinada rua e pede ajuda para receber o prêmio. Nesse momento, ela quer chamar atenção da pessoa para o golpe. Em seguida uma outra pessoa aparece e se diz advogado. Perguntando o que está acontecendo, o falso profissional estimula o idoso a ajudar a pessoa que está pedindo ajuda para receber o prêmio. O falso analfabeto diz que precisa de uma conta para receber o dinheiro e o idoso, sensibilizado, dá o cartão e a senha para o “premiado” ir ao banco”, informa.
A delegada ressalta que a quadrilha geralmente atua em locais de grande movimentação de idosos. Áreas de banco, farmácias e supermercados são as mais buscadas. Geralmente usam um carro para se dirigirem ao banco, onde efetuam empréstimos online. Quando o dinheiro cai na conta do idoso é imediatamente sacado.
Uma das vítimas da quadrilha em Teresina teve R$ 30 mil retirados de sua conta. Quando o valor é menor R$ 1,5 mil, os criminosos conseguem ludibriar o idoso e sacar o dinheiro na boca do caixa. “Em valores maiores, o teatro é mais bem feito”, conta a delegada.
A polícia alerta que a quadrilha atua desde o ano passado, mas este ano intensificou os golpes. De janeiro a março deste ano foram registrados mais de 300 ocorrências na delegacia, sendo que 80 envolveram  o golpe do bilhete premiado e empréstimo consignado fraudulento. A delegada informa que as denúncias podem ser feita na Delegacia do Idoso ou através do Disque 100.
“A arma do estelionatário não é a de fogo, mas o convencimento. Usa histórias, emoções e todo tipo de artifício”, diz Daniela Barros.
A delegada estava comemorando o ressarcimento de um dos golpes. Uma idosa da zona rural teve um empréstimo feito em seu nome no valor de R$ 2,000, dividido em 38 parcelas. A idosa denunciou o caso e a polícia acionou o banco. Ao constatarem que a documentação era suspeita, ressarciram o prejuízo.
“É uma satisfação muito grande e isso não tem preço. É uma emoção está devolvendo o dinheiro para a vítima”, finalizou a delegada.

Fonte: Cidade Verde

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