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sexta-feira, 11 de setembro de 2015

A visita da presidente ao Piauí. Uma fugida de Brasília e uma esperança para o Sertão

A visita da presidente ao Piauí. Uma fugida de Brasília e uma esperança para o SertãoEsta sexta-feira (11 de setembro) será uma data emblemática no Piauí para quem gosta e quem não gosta da presidente Dilma Russeff. A mandatária do País estará no estado pela primeira vez após ter sido reeleita. Muitos dos que ajudaram a elegê-la são da região em que visitará. Um dos lugares mais pobres do Brasil.
Ela chega ao Sertão piauiense em uma semana de muitas crises e da mais complicada situação política de detentores do comando do Palácio do Planalto neste século. Vem com a ideia de trazer desenvolvimento e fugir de vaias (tão comuns nos últimos meses em outros cantos do Brasil).
Em praticamente toda a região sertaneja ela ainda é muito amada. Por isso estrategicamente seus assessores escolheram a área para visitar.
A presidente e todo seu staff não inaugurarão nada. Visitarão o trecho já feito da Transnordestina (menos de 5% está pronto no Piauí) e verão uma série de cataventões que um dia produzirão energia eólica. O maior motivo é tentar estar perto do povão, a massa de brasileiros e brasileiras que dá mais credibilidade ao governo da presidente.
Junto com ela estarão dezenas de seguranças, dezenas de assessores e um séquito de aproveitadores políticos (muitos ainda querem tirar uma foto com ela para uso eleitoral). Todo esse staff se misturará com uma população sertaneja que fez coro pelo “Coração Valente” nas eleições do ano passado. Essa população ainda crê na presidente e na Geração Lula-petismo, pois, quantitativamente falando, são os maiores beneficiados com avanços sociais desde a chegada do Partido dos Trabalhadores ao poder nacional.
Dilma Russeff encontrará um Sertão que evoluiu muito, mas precisa evoluir mais ainda. Precisará dizer aos moradores do povoado Serra Vermelha (o maior de Paulistana e a 62 quilômetros da sede) porque a ferrovia Transnordestina só tem 15 quilômetros prontos (dos mais de 400 em construção no estado – muitos deles ainda sem uma melhoria). A presidente também precisará explicar porque aquela região é uma das menos eletrificadas no Piauí, apesar do Governo Federal dizer que a meta de eletrificação já foi cumprida no estado.
Dilma encontrará muitos aplausos no Sertão do Piauí. Estará muito longe das vaias das grandes cidades. Estará confortável no meio do povão, em um rincão em que é conhecida por “Dilma Russeff” ou “a muié que manda no Brasil”.
Alguns outros tentarão vaia-la e mostrar que até no Sertão, onde ela esmagou eleitoralmente os concorrentes, ela não é mais tão popular. Mas para vaiar uma presidente precisa ter muito jogo de cintura, pois o esquema de segurança é forte e tudo muito bem fiscalizado. Mas alguns tentarão chamar atenção com protestos inusitados. Pedem para não contar e não estragar a “surpresa”.
Que Dilma traga mais e mais benefícios ao sertanejo e que sua viagem não seja apenas mais um passeio de marketing político para afagar um pouco os complicados dias que ela está vivendo.
Também que traga muito protetor solar e muita “eau termale” (um sprayzinho de gente chique que serve para refrescar). Pois, mais do que a conturbada situação política do país, ela enfrentará um calor de rachar a cuca no Sertão piauiense.
Ah…e por falar em “eau termale” (em tradução livre do francês, significa “água termal”) que a presidente e seus assessores possam também trazer água, mas muita água para os sertanejos. Pois sem luz o povo ainda vive, agora sem água, não dá para viver e assim não dá nem para ir aplaudir a presidente e viver muito para votar novamente nos companheiros de partido dela.
Esperança: o termo que todas e todos que ali estarão querem viver na prática pelos próximos meses! Bem vinda, presidente Dilma!


Fonte: OOlho – por Orlando Berti.

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